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22.12.1962

VARIG

Convair CV-240-2

Prefixo: PP-VCQ

 

O Convair da Varig, que havia iniciado o voo no Rio de Janeiro, partiu de sua escala no Aeroporto da Pampulha (PLU/SBBH), em Belo Horizonte (MG), com destino ao Aeroporto de Brasília (BSB/SBBR), no Distrito Federal, levando 35 passageiros e cinco tripulantes a bordo.

 

Na aproximação para a aterrissagem, o piloto veio com a aeronave abaixo da altitude descrita, levando o PP-VCQ a atingir algumas árvores e, em seguida, ao tocar a pista, derrapar e sair pelo lado da mesma. Um tripulante morreu no acidente.

 


 

20.12.1962

VARIG / REAL

Vultee BT-15 Valiant

Prefixo: PP-GGW

 

O avião de treinamento de pilotos da Varig e Real Vultee BT-15 Valiant, pilotado pelo aluno Otavio Pinto de Almeida Junior, acompanhado pelo instrutor de voo Julio Pinhão da Silva Filho, se acidentou ao simular uma situação de "stol" (aterrissagem e decolagem curta).

 

A aeronave entrou em "parafuso" quando se encontrava a cerca de 80 metros do solo e acabou atingindo o solo, num terreno baldio, situado na Vila Zamataro, no bairro Ponte Grande, em Guarulhos, na Grande São Paulo.

 

Os dois ocupantes da aeronave morreram no acidente e a aeronave ficou totalmente destruída.

 

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Com a colaboração de Claudio Riganelli

 


 

20.12.1962

Particular

Cessna

Prefixo: PP-***

 

Um Cessna que saiu de Santarém, no Pará, com escala em Parintins, no Amazonas, levando quatro pessoas e quinze milhões de cruzeiros, caiu no Rio Amazonas. Sem informações sobre as vítimas.

 


 

16.12.1962

Particular

Cessna

Prefixo: PP-***

 

Um Cessna que saiu de Santarém, no Pará, com escala em Parintins, no Amazonas, levando quatro pessoas e quinze milhões de cruzeiros, caiu no Rio Amazonas. Sem informações sobre as vítimas.

 


 

16.12.1962

Particular

Aeronave (?)

Prefixo: PP-***

 

A aeronave que saiu de Campos, no Rio de Janeiro, com destino a Ubá, em Minas Gerais, desapareceu no trajeto. Sem mais informações.

 


 

14.12.1962

Panair do Brasil

Lockheed L-049 Constellation

Prefixo: PP-PDE

 

Em 14 de dezembro de 1962, o Lockheed L-049 Constellation, prefixo PP-PDE, da Panair do Brasil (foto abaixo), partiu de Belém, no Pará, em direção a Manaus, no Amazonas, levando a bordo 43 passageiros e sete tripulantes.

O Constelation cnº 2047 foi fabricado em meados de 1945, na planta da Lockheed em Burbank, Califórnia. Foi adquirido pela Pan Am e voaria alguns anos nos Estados Unidos até ser repassado a Panair do Brasil. No Brasil, a aeronave receberia o prefixo PP-PDE e seria batizada pela Panair de "Bandeirante Estêvão Ribeiro Baião Parente".

A aeronave havia decolado no aeroporto Santos Dumont na manhã do dia 13 de dezembro de 1962 e, após diversas escalas em várias cidades, chegou a Belém, antes do seu destino final, Manaus. O voo transcorreu sem intercorrência, até que durante a aproximação final, na madrugada do dia 14, a tripulação solicitou a torre do Aeroporto da Ponta Pelada que ligasse as luzes de sinalização da pista. Depois de um breve contato com a torre, a aeronave desapareceu.

Ao constatar o desaparecimento, foi acionado o Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (PARA-SAR) da FAB, que iniciaria buscas na região de Manaus.

Os destroços do Constellation PP-PDE foram localizados por um avião do PARA-SAR às 10h do dia 15, nas proximidades de Rio Preto da Eva, cerca de 30 km de Manaus.

Por conta de o local ser de difícil acesso e parte do bojo da aeronave ter sido encontrada intacta, houve uma expectativa de serem encontrados sobreviventes.

Uma equipe terrestre composta por médicos, engenheiros, funcionários da Panair, Petrobras e soldados foi destacada para a selva, atingindo o local dos destroços apenas no dia 20, mas não foram encontrados sobreviventes entre os 43 passageiros e sete tripulantes do Constellation.

Relato da Revista "O Cruzeiro"

A revista “O Cruzeiro” de 19 de janeiro de 1963, relatou as buscas por sobreviventes do acidente aéreo. “Após 10 dias de perigos e de luta contra a natureza, na escuridão da selva amazônica, o repórter Eduardo Ramalho, de “O Cruzeiro” (o único jornalista brasileiro presente à aventura) traz agora o dramático relato da busca do Constellation da Panair do Brasil, PP-PDE, caído na madrugada do dia 14 de dezembro último, a 40 quilômetros de Manaus – a apenas seis minutos de voo para o aeroporto.

A verdadeira epopeia da busca cega, em busca a montanhas, chavascais e igarapés, foi vivida por duas expedições: uma da Petrobrás (em que se encontrava o repórter) e outra comandada pela FAB e da qual faziam parte elementos do Exército, da Panair do Brasil, do governo do Amazonas e do DNER.

A jornada de busca e salvamento do Constellation da Panair começou praticamente na madrugada do dia 14 de dezembro, quando o 3° sargento da FAB, Paulo Marinho de Oliveira, de serviço na torre do DAC de Manaus, perdeu contato com o rádio operador do avião. A tragédia foi precedida de um breve diálogo, que o sargento Oliveira jamais esquecerá.

O rádio operador de bordo expediu sua mensagem de praxe: “A aeronave deverá chegar a Manaus à 1:20horas, seis minutos distantes da capital”. O sargento Oliveira emitiu instruções para o pouso, que deveria ser rotineiro. Depois desse contato à 1:04 da manhã, o rádio do Constellation voltou a chamar, 1:19 para corrigir a posição antes fornecida. O rádio operador ainda perguntou se o sargento Oliveira podia ouvir o ronco do avião. Este mandou aguardar e chegou a janela para ouvir a noite. Silêncio total.

Quando voltou para informar que algo deveria estar errado, os seus chamados ficaram sem respostas. Em um ponto situado a 0,2-54 de latitude sul; e 59,45 de longitude oeste, a 40 quilômetros distante de Manaus, o Constellation caíra sobre a selva, abrindo uma clareira de 345 metros.

As primeiras providências para localizar o aparelho começaram quase imediatamente. Às 4h30, Belém informava ao sargento Oliveira que o serviço de Busca e Salvamento já se preparava para entrar em atividade. Era o começo da aventura.

Ao clarear a manhã, uma aeronave decola de Manaus, e logo a ele se juntaria uma esquadrilha da FAB, sob o comando do capitão Rui bandeira. De Belém eram o capitão Mello Fortes e o Tenente César, do serviço de Busca e Salvamento, que partiram rumo a Manaus, seguindo a rota do Constellation.

O pessoal da Petrobrás em serviço na Amazônia, nas imediações do ponto em que se supunha ter caído o avião, foi chamado a colaborar.

Em poucas horas, aviões de tipo Albatroz, da FAB, e Catalinas, da Panair, procuravam o aparelho desaparecido numa área de 150 quilômetros quadrados, mas, a despeito de todas as providências, o dia 14 terminou sem qualquer descoberta positiva.

Quando o segundo dia das buscas amanheceu, já eram oitos aviões que faziam a ponte de vasculhamento, rodando a floresta, do ar, à procura do Constellation.

Até as 10h40 nada se tinha descoberto, mas, de repente a voz do comandante de um dos Catalinas da Panair, fez-se ouvir pelo rádio triunfante: descobrira no meio da floresta, em local de difícil acesso, uma pequena clareira que logo depois foi confirmada como o local de queda da aeronave.

Após a confirmação do local da queda foram iniciadas as expedições para se alcançar os destroços, sendo que somente no dia 21 obtiveram êxito. Segue novamente o relato do repórter do jornal “O Cruzeiro”, presente na expedição:

“Ao amanhecer o Mestre Agenor Sardinha captou a chamada de um avião Catalina, que deu novas coordenadas. Faltavam apenas dois Km. Graças a essas informações, exatamente às 11h45 horas a expedição da Petrobrás atingiu a clareira aberta pelo aparelho da Panair. Auxiliados pelo engenheiro geofísico Dehan, destacado para auxiliá-los, os integrantes da coluna da FAB viriam atingir o local do desastre às 15:00 horas.

A cerca de um quilômetro de distância, já haviam sido encontrados os primeiros destroços do avião: pedaços de asa, extintores de incêndio e lascas de alumínio. O Constellation caíra entre duas elevações, numa região de árvores de 40 metros de altura. O corpo do avião estava ao lado de um igarapé, em pedaços. Os restos dos passageiros e tripulantes do Constellation – já em putrefação – exalavam um cheiro quase insuportável."

"O engenheiro Dehan e o enfermeiro Brasil, da Petrobrás, que foram os primeiros a se aproximar, recuaram transidos diante um quadro terrível: havia uma mão descarnada presa às ferragens. Na água límpida do igarapé boiava, presa a um ramo, uma cabeleira loira: era, ao que se presume, da aeromoça.”

Depois de um intenso trabalho de busca por parte de civis e militares, infelizmente estava confirmada notícia que as pessoas relutavam em aceitar, não havia sobreviventes. Iniciava-se então uma nova etapa na missão, o resgate dos corpos e destroços.

Atualmente o local da queda é de propriedade do Exército, no qual o CIGS realiza todo ano uma marcha para a “Clareira do Avião” onde se comemora e recorda os esforços realizados pelos civis e militares durante os trabalhos de buscas, assim como celebram a memória das vítimas do desastre de 1962.

Consequências

 

Apesar de terem sido aventadas diversas hipóteses que explicassem a queda da aeronave (como falha mecânica, voo controlado contra o solo, etc), nunca seria determinada a causa do acidente com o Constellation PP-PDE.

 

 

Esse seria o último acidente envolvendo uma aeronave da Panair do Brasil. Poucos anos depois a empresa seria fechada pelo regime militar e suas rotas seriam repassadas à Varig enquanto que as aeronaves, redistribuídas às demais companhias aéreas e ou sucateadas.

 

 

Por Jorge Tadeu com Wikipédia, ASN, Revista O Cruzeiro e Livro "O Rastro da Bruxa"

 


 

14.12.1962

Particular

Cessna 310

Prefixo: PT-BIZ

 

O avião prefixo PT-BIZ havia decolado da usina Nossa Senhora Aparecida e se dirigia a São Paulo, quando, a dois mil metros de altura, sofreu uma pane, precipitando-se ao solo nas imediações da cidade de Itapira, interior de São Paulo, por volta das 9:30 horas.

 

Os três ocupantes do Cessna faleceram. Dois deles, o comendador Virgolino de Oliveira, 60 anos, usineiro e proprietário do avião, e o piloto Alcebíades Botine, 47 anos, morreram no local. O prefeito de Itapira, Sr. Antônio Caio, 46 anos, sobreviveu ao acidente, mas sucumbiu logo após ser internado na Santa Casa local.

 

Imagem: Folha de S.Paulo, 15.12.1962

 


 

26.11.1962

 

Colisão aérea

 

VASP - Viação Aérea São Paulo

SAAB Scandia 90A-1

Prefixo: PP-SRA

 

Particular

Cessna 310

Prefixo: PT-BRQ

 

 

O Desastre aéreo de Paraibuna foi um acidente aéreo ocorrido no dia 26 de novembro de 1962, envolvendo duas aeronaves - um Saab 90 Scandia da VASP e um Cessna 310 particular - que após colidirem no ar, caíram na cidade de Paraibuna, São Paulo, matando todos os 26 passageiros e tripulantes das duas aeronaves.

 

O SAAB 90 Scandia foi idealizado para substituir o Junkers Ju 52, que sofria escassez de peças por conta da Segunda Guerra Mundial. Porém com o fim do conflito, milhares de Douglas DC-3 ficaram ociosos, sendo vendidos pelo governo dos Estados Unidos e o Scandia foi perdendo mercado, sendo produzidas apenas 18 aeronaves, que após voarem pouco tempo na companhia aérea SAS e seriam vendidas para as empresas brasileiras Real Aerovias e VASP.

 

A VASP operou todas as 18 aeronaves, incluindo o protótipo. A aeronave acidentada tinha o número de série 90107 e seria fabricada em 1951. Nesse ano, a VASP adquiria seus 5 primeiros Scandia, aeronaves que se tornariam frequentes nos serviços entre Rio e São Paulo.

 

Com a criação da ponte aérea em 1959, os voos se tornariam cada vez mais frequentes. A aeronave Cessna 310 era particular. Nova, a aeronave havia sido adquirida por James Tzeku–Sung diretamente de revendora Cessna credenciada no país.

 

O sol brilhava na manhã da segunda-feira, 26 de novembro de 1962. O Aeroporto de Congonhas agitava-se com o movimento de pessoas e veículos. Quem estivesse no amplo terraço aberto, debruçado sobre o pátio de estacionamento, podia observar uma fila de passageiros se deslocando em direção a um bimotor azul e branco, estacionado a poucos metros dali.

 

 

Assim que a porta do avião SAAB Scandia 90A-1, prefixo PP-SRA, da Vasp (foto acima), foi fechada, um mecânico portando um extintor de incêndio correu para as imediações do motor direito, cuja hélice já começava a girar. Rolos de fumaça branca saíam pelo escapamento, e a inesquecível melodia dos antigos motores radiais, que embalou os sonhos juvenis de muitos veteranos pilotos de hoje, mais uma vez ressoou no velho aeroporto, anunciando a partida da ponte aérea das oito horas e quarenta minutos para o Rio de Janeiro.

 

Por volta das 8h40min a aeronave decolou do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, com destino ao Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, onde deveria pousar cerca de 1 hora depois, cumprindo mais um voo da Ponte aérea Rio-São Paulo. Transportava 18 passageiros e 3 tripulantes.

 

A tripulação do Scandia era formada pelo comandante Jack Torres Soares, copiloto Manoel Carlos (retornando ao serviço depois da lua de mel), radiotelegrafista Edson Miranda da Silva e comissários Selma da Silva Carvalho e Antônio Lourival Nóbrega.

 

Um Cessna 310, similar ao envolvido na colisão

 

A aeronave Cessna 310, prefixo PT-BRQ, de propriedade particular havia decolado quase na mesma hora do Aeroporto Santos Dumont no Rio de Janeiro e deveria pousar no Aeroporto Campo de Marte em São Paulo e transportava 2 passageiros e 1 tripulante.

 

Ambas as aeronaves utilizavam a aerovia AB6. Enquanto o Scandia voava por meio de instrumentos (IFR), o Cessna fazia um voo sob Regras de voo visual (VFR). O controle aéreo havia instruído o Scandia a voar sob teto de 8000 pés, enquanto que o Cessna deveria manter teto de 8500 pés.

 

Por motivos ignorados, o Cessna manteve teto de 8000 pés. Com isso, ambas as aeronaves colidiram de forma frontal, por volta da 9h10min, a 8000 pés de altitude, nas proximidades de Paraibuna, em São Paulo.

 

Eram 9h10 quando os moradores da cidade de Paraibuna ouviram um grande estrondo no céu. Levantando as cabeças, avistaram duas bolas de fogo despencando em direção à terra. Eram as piras funerárias de todos os vinte e seis ocupantes do Scandia PP-SRA da VASP e do Cessna 310 PT-BRQ, que tinham acabado de colidir em pleno ar.

 

Com a colisão, as duas aeronaves explodiram, matando instantaneamente seus 26 passageiros e tripulantes. Os destroços do Scandia cairiam num vale alagadiço, enquanto que o que restou do Cessna foi encontrado num local 5 km distante dos destroços do Scandia.

 

Entre os mortos estavam o ator Cilo Costa, que recentemente fizera sucesso nacional com a montagem da peça 'Society em Baby Doll', João Moreira Salles, sobrinho do embaixador Walter Moreira Salles, e Elisa Mignone, esposa do maestro Francisco Mignone.

 

Jornal do Brasil, 27.11.1962

 

A investigação concluiu que o acidente ocorreu porque os pilotos do Scandia e do Cessna não estavam atentos à presença de outros tráfegos. Os dois aviões voavam na mesma aerovia, A-6 (âmbar-meia), espécie de autoestrada que ligava Rio e São Paulo. O Scandia operava sob as regras de voo por instrumentos (IFR), mantendo a altitude aprovada de 8.000 pés. O Cessna voava em sentido contrário, do Rio para São Paulo (Campo de Marte), pelas regras de voo visual (VFR), e deveria estar mantendo 8.500 pés de altitude. Se assim fosse, os dois aviões se cruzariam com 500 pés (150 metros) de separação vertical. O piloto do Cessna teria provocado a colisão por manter 8.000 pés, 500 pés abaixo da altitude aprovada pelo controle de tráfego aéreo.

 

Esse seria o pior acidente ocorrido com uma aeronave Scandia. Posteriormente seriam proibidos voos do tipo VFR na ponte Aérea Rio-São Paulo. Após mais alguns acidentes, a VASP aposentaria seus Scandia.

 

O impacto desse acidente na sociedade mal tinha sido assimilado quando, no dia seguinte, um Boeing 707 realizando o voo internacional Varig 810 entre o Rio e Lima bateria numa montanha nas proximidades do Aeroporto de Lima matando todos os seus 97 ocupantes. Um mês mais tarde cairia um Lockheed Constellation da Panair do Brasil nas proximidades de Manaus matando mais 50 pessoas.

 

Esses acidentes, somados aos demais ocorridos em 1963, contribuiriam para uma queda momentânea na venda de passagens aéreas no Brasil e obrigariam empresas aéreas e governo a investirem em melhorias no sistema aéreo nacional, que encontrava-se em grave crise naquele momento.

 

Uma indenização que demorou 43 anos para ser paga

 

A viúva de um dos ocupantes do avião da Vasp, em 1965, entrou com ação de indenização na Justiça, em favor das filhas, então crianças menores, contra a Vasp e contra o dono do Cesna que, pela Justiça brasileira, tem responsabilidade solidária em caso de acidente com sua aeronave.

 

Ao longo do tempo, outros familiares de falecidos entraram com ações desse tipo, mas em geral foram desistindo delas, dada à demora de uma solução. Esse processo, o último do caso, durou 43 anos, o que mostra a ineficiência e a morosidade da Justiça brasileira.

 

Durante 41 anos e meio, o processo correu na Justiça, com demora causada por interposição de recursos de toda ordem e uma ação rescisória, que anulou todo o processo, fazendo-o retroceder à estaca zero.

 

O dono do Cesna passou a ser defendido pelo escritório L.O. Baptista Advogados, através de um de seus sócios, o Dr. André Carmelingo, especialista em negociação e arbitragem, para quem "o acordo, que seria uma alternativa, nesse tipo de caso, acaba sendo a única possibilidade de solução".

 

As filhas do falecido, com idade em torno dos 50 anos em 2008, aceitaram um acordo proposto pelo dono do Cesna, acertado entre seu advogado, José Carlos Etrusco Vieira, e o Dr. Carmelingo.

 

Em 31 de março de 2008, foi protocolada no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, no setor de Conciliação, uma escritura pública de transação, para pagamento de R$ 4,4 milhões, em favor das filhas da vítima fatal.

 

Com informações de Wikipédia, ASN, Jornal do Brasil, Tribuna do Paraná e Livro 'O Rastro da Bruxa'

 


 

29.10.1962

FAB – Força Aérea Brasileira

Morane Saulnier C-41 (MS.760 Paris)

Prefixo: FAB2926

 

 

O Morane Saulnier C-41 se acidentou durante o pouso de emergência sob mau tempo no Aeroporto de Nova Lima, em Minas Gerais.

 

Os dois tripulantes, o Major Omar Lamarão e o Tenente Virgillo Pinto de Almeida e o passageiro, o Coronel do Exército e Deputado Federal Menezes Cortes morreram no acidente.

 


 

06.10.1962

FAB – Força Aérea Brasileira

Lockheed VC-60A Lodestar

Prefixo: FAB2003

 

 

O avião Lodestar da FAB começou a incendiar-se logo após a decolagem do Aeroporto do Campo de Marte, na zona norte de São Paulo. Assim que percebeu as chamas, o piloto conseguiu pousar a aeronave.

 

O avião militar iria cumprir um voo de treinamento em direção a Belém, no Pará. Os ocupantes, o piloto Capitão Cairus, o Tenente Gonzáles, um mecânico de voo e um casal de crianças.

 

Todos sobreviveram ao acidente ao saírem rapidamente da aeronave que ardeu em chamas por mais de duas horas, ficando completamente destruída.

 


 

27.09.1962

Particular

Orlican L-40 Meta Sokol

Prefixo: PT-BFR

 

Acidente com o avião da década de 1950, de fabricação tcheca, para quatro pessoas, utilizado para turismo e prática esportiva. Sem informações sobre local do acidente, número de ocupantes e vítimas.

  


 

27.09.1962

VARIG

Boeing 707

Prefixo: PP-VJB

 

O Boeing 707 da Varig decolou do Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, com destino a Nova York, nos Estados Unidos, com 82 passageiros a bordo.

 

Após a decolagem, ocorreu um engastamento das lonas do pneu esquerdo anterior da bequilha nos cabos de comando hidráulico do mecanismo do trem de pouso dianteiro.

 

Um dos cabos do comando rompeu-se, impedindo que o trem de aterrissagem fosse recolhido. O comandante da aeronave, ao sentir o impacto da lona contra os cabos, verificado pela primeira vez quanto tentou recolher o trem de pouso, tentou, por várias vezes, sem êxito, abaixar e suspender a bequilha. Julgou o comandante Eggers, inclusive, que um dos pneus houvesse furado.

 

Ao comunicar a anormalidade à torre de controle, recebeu instruções para permanecer na rota Cabo Frio – Campos, a grande altitude.

 

Por quatro vezes, antes de realizar o pouso, o comandante fez voos rasantes sobre a pista do Galeão, para que a torre e os engenheiros da Varig, munidos de binóculos, pudessem examinar o defeito.

 

O sobrevoo foi ordenado para evitar que as consequências fossem maiores no caso de que se tornasse necessário um pouso de barriga. Assim, pode ser esgotado todo o estoque de combustível do Boeing.

 

Um pouso de emergência foi realizado e todos os passageiros saíram da aeronave ilesos. Dois deles desistiram de prosseguir viagem em outra aeronave.

 

O PP-VJB foi levado ao hangar para ser reparado.

 

 

Fonte: Folha de S.Paulo, 28.09.1962

 

 

Fonte: Jornal do Brasil, 28.09.1962

 

Essa mesma aeronave, de prefixo PP-VJB, viria a se acidentar gravemente em 27 de novembro de 1962, ao realizar o voo 810 entre o Rio de Janeiro e Los Angeles (EUA), pouco antes de efetuar uma escala na cidade de Lima, no Peru, matando seus 97 ocupantes. Leia mais sobre esse acidente clicando AQUI.

 


 

21.08.1962

Particular

Bonanza V 35 B

Prefixo: ***

 

Quatro pessoas morreram carbonizadas em acidente aéreo ocorrido em Itapetininga, no interior de São Paulo. O avião Bonanza caiu nas proximidades de Angatuba, na Fazenda Tulus. O avião, que procedia de Londrina, no Paraná, precipitou-se ao solo por ter perdido uma das asas em pleno voo.

 


 

20.08.1962

Panair do Brasil

Douglas DC-8-33

PP-PDT

 

 

O voo 026 realizava uma rota que ligava a América do Sul a Europa, sendo operado pela empresa Panair do Brasil. A linha aérea tinha seus terminais em Buenos Aires e Londres, sendo realizadas escalas no Rio de Janeiro, Dakar, Lisboa e Paris.

 

No dia 20 de agosto de 1962, durante a escala no Rio de Janeiro, a tripulação do Douglas DC-8, prefixo PP-PDT, não conseguiu decolar da pista 14/32 do Aeroporto do Galeão, o que por fim ocasionou um tragédia.

 

 

Apesar de a decolagem ter sido abortada, o DC-8 continuou rolando pela pista até atingir o seu final. Após colidir e derrubar o muro do aeroporto, o DC-8 atravessou uma avenida e mergulhou nas águas da Baía de Guanabara. Dos 105 ocupantes da aeronave, 14 morreriam (incluindo um bebê de poucos meses de idade).

 

Leia matéria especial sobre esse acidente, neste site, clicando AQUI.

 


 

12.07.1962

FAB – Força Aérea Brasileira

B-17 Flying Fortress

Prefixo: FAB****

 

 

Ao levantar voo pela manhã no Aeroporto de Guararapes, em Recife (PE), um B-17 “Fortaleza Voadora“ da Força Aérea Brasileira sofreu um pane em um dos motores e caiu sobre um edifício próximo a cabeceira da pista. Os danos materiais foram grandes. Os ocupantes do aparelho, todos militares, nada sofreram.

 

A Força Aérea Brasileira operou 13 aeronaves desse modelo entre 1951 e 1968. Na FAB, o B-17 jamais operou como bombardeiro, mas em missões de reconhecimento, busca e salvamento e transporte.

 


 

27.06.1962

Paraense Transportes Aéreos

Curtiss C-46A-45-CU Commando

Prefixo: PP-BTE

 

Durante a aterrissagem na pista 24 do Aeroporto de Pedro Afonso, na época em Goiás, hoje pertencente ao estado do Tocantins, o Curtiss prefixo PP-BTE começou a virar à esquerda.

 

O piloto decidiu decolar novamente e ordenou ao copiloto que recolhesse o trem de pouso. Porém, o trem foi recolhido prematuramente, fazendo com que o avião afundasse de volta na pista. Nenhuma vítima foi relatada.

  


 

25.05.1962

FAB – Força Aérea Brasileira

Morane Saulnier C-41 (MS.760 Paris)

Prefixo: FAB 2930

 

 

Acidente com avião da FAB em Natal, RN.

 


 

09.05.1962

Cruzeiro do Sul

Convair CV-240-0

Prefixo: PP-CEZ

 

 

Vinte e três pessoas morreram a bordo do Convair da Cruzeiro do Sul prefixo PP-CEZ, que explodiu ao aterrissar, às 19h20min, no Aeroporto de Vitória, no Espírito Santo. O avião havia partido do Rio de Janeiro às 18h18min.

 

Na aproximação para a aterrissagem, o avião atingiu uma árvore de eucalipto a uma altura de 40 metros, 1.860 metros antes da cabeceira da pista 23. Nesse momento da abordagem, a aeronave deveria estar a pelo menos 150 metros de altura. Em chamas, a aeronave explodiu quando tocou o solo.

 

Originalmente, esse voo deveria ter sido realizado pelo Convair prefixo PP-CEY, mas este foi substituído pelo PP-CEZ por questões técnicas não esclarecidas à época.

 

Os cinco tripulantes, o Comandante Ciro de Araújo França, o copiloto Hugo Continentino Heigel, o rádio-operador José François, o comissário de bordo José Vieira Filho e a aeromoça Ilma Vânia Leite, e 17 passageiros morreram na queda.

 

Três sobreviveram, sendo que um nada sofreu, um segundo teve ferimentos leves e o terceiro, Mario Corandini, que havia se ferido com mais gravidade, morreu no dia seguinte na Santa Casa de Vitória.

 

 

 

Fonte: Jornal do Brasil, 09.09.1962

 


 

07.05.1962

FAB – Força Aérea Brasileira

North-American T-6

Prefixo: FAB 1563

 

 

Por volta das 11 horas, o avião de treinamento da Escola de Aeronáutica dos Afonsos, pilotado pelo 1º Tenente Flávio Largura e conduzindo ainda o aluno do 3º ano Clovis Fonseca Menezes, sobrevoava a baixa Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Em dado momento, seu motor acusou defeito, fazendo com que seus ocupantes saltassem de paraquedas de uma altura calculada em 200 metros.

 

Para o Tenente Largura, a descida foi normal. O mesmo não acontece com o Cadete Fonseca, cujo paraquedas não abriu. O jovem morreu ao cair no jardim da casa nº 322 da Estrada do Guerenguê. Antes seu corpo bateu contra uma árvore, cuja copa ficou totalmente destruída. O oficial pisou em terra firme, instantes depois, nas proximidades onde caíra o aluno.

 

Enquanto isso, o aparelho completamente desgovernado foi cair em local distante cerca de três quilômetros. Depois de passar de maneira rasante sobre várias residências, foi se chocar com o casebre existente na Rua André Rocha, 1731, destruindo-o. Os moradores, lavradores, haviam saído pouco antes.

 


 

03.03.1962

Panair do Brasil

Lockheed L-049 Constellation

Prefixo: PP-PCR

 

O Constellation da Panair, prefixo PP-PCR, batizado “Bandeirante Domingos Barbosa Calheiros”, na aproximação final para o pouso no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, a bequilha não desceu.

 

O Constellation prosseguiu assim mesmo para o pouso e, após o toque inicial, a aeronave se arrastou pelo solo. A gravidade dos danos provocados ao avião, inviabilizou economicamente seu reparo. O PP-PCR foi retirado de uso e armazenado até ser desmontado em 1969.

 


 

03.03.1962

VARIG

Douglas DC-3 (C-47)

Prefixo: PP-YQN

 

 

Acidente com avião DC-3 da Varig em Nanuque, MG. Sem mais informações.

 


 

13.02.1962

FAB – Força Aérea Brasileira

Gloster F-8 Meteor

Prefixo: FAB 4422

 

 

Acidente com caça a jato F-8 da FAB pilotado pelo 1º Tenente José Carlos Pimentel de Melo, da Base Aérea de Santa Cruz (RJ). Houve perda total da aeronave e a morte do piloto.

 

Data incerta.

 


 

30.01.1962

FAB – Força Aérea Brasileira

Gloster F-8 Meteor

Prefixo: FAB 4433

 

 

Acidente com caça a jato F-8 da FAB com um tripulante que sobreviveu. O local da queda está indeterminado.

 


 

22.01.1962

Particular

Não identificado

Prefixo: PP-***

 

Uma aeronave de modelo e prefixo não identificados que iria Usina da Acesita, em Timóteo para Belo Horizonte (MG), levando três pessoas a bordo, se acidentou no município de José Brandão, em Minas Gerais. Dois ocupantes, Cid Teixeira e Leão Gladstone morreram no acidente. Sobreviveu a queda a Sra. Maria do Carmo Malheiros.

 

Jornal do Brasil, 23.01.1962


 

08.01.1962

FAB – Força Aérea Brasileira

Douglas C-47A-90-DL (DC-3)

Prefixo: FAB 2063

 

 

A aeronave a serviço do Correio Aéreo Nacional (CAN), levando seis pessoas a bordo, caiu em mata a 1.400 metros da pista 06 do Aeroporto Tirirical, em São Luís, no Maranhão, devido a falha do altímetro. Todos os ocupantes sobreviveram.

 

O Estado de S.Paulo, 09.01.1962

 


 

08.01.1962

Particular

Não identificado

Prefixo: PP-TVI

 

A aeronave procedente de Catanduva, no Interior de São Paulo, se acidentou no município de Medianeira, no Paraná. A aeronave ficou completamente destruída, mas seus ocupantes, o piloto João Clemente e o passageiro Dinaldo Cardoso, escaparam feridos, mas com vida.

 

O Estado de S.Paulo, 09.01.1962

 


 

 

06.01.1962

VARIG

Curtiss C-46A-40-CU Commando

Prefixo: PP-VCI

 

 

Na tarde de 06 de janeiro de 1962, uma pessoa morreu atropelada na pista do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, ao ser atingida pelo avião Curtiss C-46A-40-CU Commando, prefixo PP-VCI, da Varig, que realizava o pouso naquele momento.

 

A aeronave realizava o voo inaugural da rota Porto Alegre - São Paulo - Rio de Janeiro.

 

A pessoa atropelada era um funcionário do aeroporto que atravessou inadvertidamente a pista.

 

Correio da Manhã (RJ), 07.01.1962

 


 

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Fontes: Folha da Manhã, Folha da Noite, Jornal do Brasil,

Correio da Manhã, ASN, BAAA-ACRO e FAB.

 

Edição de texto e imagem: Jorge Tadeu da Silva


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