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ACIDENTE NO VOO EASTERN 401

MISTÉRIO NO PÂNTANO

 

UMA INCRÍVEL HISTÓRIA DA AVIAÇÃO MUNDIAL

 

SITE DE ORIGEM DESTA MATÉRIA

 

 

The Crash of Eastern Air Lines Flight 401

 


 

Numa noite fria de inverno, 29 de dezembro de 1972, um avião da Eastern Airlines, prefixo N310EA, descansava silenciosamente na área de estacionamento do terminal do Aeroporto Internacional John F. Kennedy em Nova York, nos Estados Unidos. O avião era o novo Lockheed L-1011-385-1 TriStar 1, orgulho da frota da Eastern.

 

O que aconteceria mais tarde, entrou para a história da aviação mundial como um de seus maiores mistérios.

 



 

O AVIÃO

 

O Lockheed L-1011 Tristar, conhecido também como L-1011, foi o terceiro modelo de avião a jato de passageiros, tipo widebody a entrar em operação. Ele foi precedido pelos modelos Boeing 747 e McDonnell Douglas DC-10.

 

Tal como o DC-10, o TriStar é um avião de três motores. Entre 1968 e 1984, a Lockheed fabricou um total de 250 TriStars e, devido a falta de compradores para esse modelo de aeronave, a Lockheed encerrou sua fabricação no ano de 1983.

 

DADOS DA AERONAVE / VOO

 

Tipo da aeronave: Lockheed L-1011-385-1 TriStar 1

Empresa aérea: Eastern Airlines

Prefixo: N310EA

Número de série: 1011

Primeiro voo: 1972

Total horas voadas: 986

Motores: 3 Rolls Royce RB211-22C

Tripulação: 13 - Fatalidades: 5

Passageiros: 163 - Fatalidades: 96

Total de ocupantes: 176

Total de Fatalidades: 101

Danos na aeronave: perda total

Voo: 401

Local de Partida: Aeroporto Internacional New York-John F. Kennedy (JFK/KJFK), Nova York, EUA

Local de Destino: Aeroporto Internacional de Miami (MIA/KMIA), Flórida, EUA

 

*Nota: O NTSB classificou os ferimentos de um passageiro sem receita e de outro passageiro como não fatais, pois suas mortes ocorreram mais de sete dias após o acidente. O número de mortos constante no relatório final do acidentes foi de 99 pessoas.

 

Por: Jorge Tadeu

 

O N310EA em duas fotos - Fotos: Site Eastern 401

 

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Clique sobre a imagem para ampliá-la - Imagem: TriStar500.net

 

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As dimensões do L-1011 Tristar - Imagem: TriStar500.net

 

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Os Compartimentos do L-1011 Tristar - Imagem: TriStar500.net

 

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A Cabine do L-1011 Tristar - Imagem: TriStar500.net

 


 

O VOO EASTERN 401

 

Miami, a mais importante cidade da Flórida, é banhada à leste pelo Oceano Atlântico que deu à Miami belas praias, trazendo turistas que impulsionam a economia local. Pelo lado oeste a natureza foi menos pródiga: os Everglades formam uma das maiores regiões alagadas do mundo, um extenso e escuro pântano localizado sob a rota de aproximação oeste para o Aeroporto Internacional de Miami.

 

A noite de 29 de dezembro de 1972 era típica desta época do ano, cristalina e escura também: era fase de lua nova. Não era possível distinguir céu e terra, pântano e firmamento. A escuridão embaralhava a visão, afetava o julgamento de espaço e distância. As 21h20 decolou do Aeroporto JFK em New York, 1.755 quilômetros ao norte de Miami, o voo Eastern 401, operado por um L-1011 Tristar, matriculado N310EA, com apenas 4 meses e 10 dias desde que fora entregue à companhia.

 

Os 163 passageiros à bordo voariam no que havia de mais moderno e confortável: com capacidade para quase 300 passageiros, o Tristar era um dos novos wide-bodies, aviões de fuselagem larga, sensação no início dos anos 70. Na cabine de comando estavam três profissionais experientes. O comandante Robert Loft tinha mais de 30.000 horas de voo em seus 55 anos de vida, mas apenas 300 delas no comando do Tristar. O primeiro-oficial Bert Stockstill, com 42 anos e o engenheiro de voo Don Repo, com 51, completavam a tripulação técnica. Na cabine, cuidavam dos passageiros 10 comissários e comissárias.

 

Doris Elliott era comissária na Eastern. No começo de dezembro de 1972, enquanto trabalhava na galley durante um voo entre Orlando e JFK, subitamente teve uma visão: um Tristar da Eastern batendo nos Everglades numa noite escura. A sensação foi tão forte que Doris atirou-se numa poltrona vazia e pediu ajuda às suas colegas comissárias. Assustadas, perguntaram à Doris a razão de seu mal estar. Doris respondeu aos soluços:

 

- Vamos perder um Tristar nos Everglades... perto do Natal.... vai ser de noite... morrerá muita gente.

 

Suas colegas tentaram acalmá-la.

 

-Bobagem, Doris: nada disso vai acontecer, disse uma delas.

 

- Não, retrucou Doris com firmeza. "Eu tenho visões. Desde minha adolescência é assim: eu vi um trem colhendo um carro cheio de colegas, cinco dias antes do acidente. Eu vejo as coisas e elas acontecem."

 

 Uma das comissárias perguntou:

 

-Estaremos no avião, Doris?

 

-Não. Mas vai ser por pouco.

 

Por: Gianfranco Beting - JetSite

 


 

Imagem: JetSite


 

As Comissárias de Bordo do Voo 401

 

A tripulação do voo 401, a bordo do voo 26, em Miami, no dia anterior ao acidente.

Atrás: Pat Ghyssels, Trudy Smith, Adrianne Hamilton, Mercy Ruiz.

Na frente: Sue Tebbs, Dottie Warnock, Beverly Raposa, Stephanie Stanich.

Na parte de cima, deitada: Patty George. Não aparece: Sharon Transue (ela tirou a foto).

 Foto: Site Eastern 401

 

 

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